Quando
o nosso corpo fica doente uma das primeiras medidas que tomamos é procurar um
médico ou providenciar um remédio para que o mal seja extirpado. O prazer, a
tranquilidade da alma e a ausência de perturbação são desejos que queremos ver
realizados.
Essa
paz espiritual e a experiência de viver sem dor e sofrimento já se encontra
entre os gregos, em especial na filosofia de Epicuro(342-217 a . C.). Segundo ele, o
ponto de partida de um modo de vida prazeroso está em não sentir fome, nem sede
e nem frio. A felicidade de cada indivíduo encontra-se num exercício permanente
em que buscamos não os prazeres momentâneos, doces e efêmeros. É por procurar
unicamente esses prazeres que os homens encontram a insatisfação e a dor,
porquanto esses prazeres são insaciáveis e, tendo chegado a certo grau de
intensidade, tornam a trazer sofrimentos.
A
felicidade suficiente, perfeita e plena e o prazer estável são escolhas que nós
podemos fazer, ao invés de sermos torturados por desejos vazios: a riqueza, a
luxúria, a dominação. Assim, devemos optar pelos desejos naturais e
necessários, que são aqueles que levam à satisfação de nos libertarmo de uma
dor e que correspondem às necessidades elementares, às exigências vitais. Diz
Epicuro: “Graças sejam rendidas à bem-aventurada Natureza que fez com que as
coisas necessárias sejam fáceis de alcançar e que as coisas difíceis de
alcançar não sejam necessárias”.
Para
aprofundar e melhor esclarecer sua posição, Epicuro formula o que ele chama de
“quádruplo remédio”: 1. Os deuses não são feitos para temer; 2. A morte não é feita para
amedrontrar; 3. O bem não é fácil de conquistar e 4. Nem o mal de suportar.
De
fato, quem quiser viver bem não deveria se pré-ocupar
com a morte. Seria perturbador a nós se ficarmos organizando a nossa vida a
partir do fim dela, pois enquanto cada um de nós existir a morte não existe e
quando ela existir nós já não existimos mais. Enfim, a morte não é nada para
nós, ou seja, nós nos bastamos as nós mesmos e quando a morte sobrevir nós não
somos mais nós mesmos.
Deste
modo, sumprimindo a morte de nossas preocupações, devemos nos ocupar com a
vida. A satisfação de nossos desejos vem, portanto, pela prática da disciplina
que nos leva saber contentar-se com o que é fácil de alcançar, com o que
satisfaz as necessidades fundamentais do ser, e renunciar ao que é supérfluo.
Fórmula simples, mas que não deixa de levar a uma alteração radical da vida:
contentar-se com comidas simples, roupas simples, renunciar às riquezas, às
honras, enfim, viver retirado.
É
verdade que essa vida filosófica parece impossível nos dias atuais, mas podemos
a partir dela olhar e observar que sentido estamos dando às nossas existências
hoje. Será que vale o sacríficio amendrontarmo-nos com a morte, tornando-nos
escravos de desejos insaciáveis que nos leva ao sofrimento e à dor? A pensar!
parabens pelo artigo, zaparolli
ResponderExcluirNós temos que entender que Deus nos criou perfeitos e para viver eternamente, mas devidos a nossa escolha de não seguir as orientações Divina, nos afastamos de Deus e fomos seduzidos pela criatura que queria ser igual a Deus e assim nos tornamos seres marcados pelo pecado e perdemos a condição de eternos, porém este mesmo Deus não nos abandonou, Ele mesmo se fez homem e morreu na cruz pela remissão dos nossos pecados e nos garantiu a vida eterna. A única coisa que temos que fazer para nos livrar da morte e participarmos da vida eterna é nos entregar totalmente a este Deus Criador e Redentor, esperando a sua vinda e usufluir da VIDA NOVA junto a ELE.
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